não consigo dormir!
a persiana brame insistentemente
vítima de um vento iracundo que magoa o silêncio
revoltado com causas desconhecidas do comum mortal
mas que de certo o vilipendiaram
tornaram-no amargo
alguma lhe fizeram...
a este vento que me rouba o sonho
pergunto-lhe por notícias de lá
se o expulsaram de sua casa
de seu coração
se lhe roubaram a inocência
e toda a sua paixão
com uma garrafa de serenidade aberta
sentados à mesa com pedaços de convívio mastigado
começou por me contar que foi enganado
que o tentaram aldrabar
prometeram-lhe roçar de pés
toques suaves
orgasmos fundidos
prometeram-lhe que o afagavas com teus olhos de cereja bem doce
prostrado por alegrias de palitar dentes
cambaleia num ritmo pusilânime
que dá dó só de ver
e dói ao cheirar
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