eu não sou humano!
ferida aberta que sangra
eu não sou humano!
pulmão que suspira
eu não sou humano!
nódoa negra que lavra
se eu fosse humano
olhava as borboletas de frente
cortejava o arrepio na espinha
abraçava a chuva por senti-la minha
pulava e vivia
dançava e corria
inspirando a vontade de prefazer
adormecia a rir
e acordava a sorrir
tudo por afagar o meloso querer
eu não sou humano!
mas se eu fosse humano
ronronava por amar[-te]